Honor Knights
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Seven vs Evil

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Mensagem por Evil Qua 4 Abr 2018 - 4:22

ADEUS
- Ato 2: O fim da eternidade -


Sentado em meu velho trono vermelho eu trago para mim cada uma de minhas memórias de novo e de novo me perguntando como as coisas ficaram assim, e a cada "replay" vejo novamente os rostos das pessoas que me viraram as costas, das pessoas que desapareceram.
Vez após vez fica mais nítida em minha mente a última feição que vi de cada um deles: dos vivos, dos mortos, dos que não sei onde estão.
Analiso com cautela o que considero importante, ou considerava.
Começando por aquele que adotei como meu primeiro irmão. O sujeito que sempre se mostrou meu pior amigo.
O brilho triunfante em seus olhos em meio à fumaça no dia em que quis ganhar... Foi um final satisfatório para nós.
Eu queria morrer desde que nos conhecemos... E sua vontade de acabar comigo parecia crescer. Planos bem feitos, técnicas cada vez mais poderosas.
Eu sempre apostei minhas fichas naquele bastardo, pensando que seria capaz de cumprir meu desejo, e naquele momento ele poderia ter tido sucesso, se eu não fosse o filho da puta que sempre fui.
Parando para pensar, eu queria mesmo morrer? Ou queria assistir minha própria morte?
Antes de aparecer em sua frente eu preferi assistir. Talvez tenha sido naquele momento em que, embora eu não realmente morresse, deixasse o meu velho eu ter morrido. Aquele foi o meu recomeço.
Mas um recomeço não é uma borracha no passado. Nada é. Nada consegue ser.
Como será que ele está agora?
Talvez deva lhe fazer uma visita. Como o sujeito reagiria ao saber que estou "vivo"? Se bem que eu não sou mais o mesmo. Provavelmente não me reconheça como sendo eu, e eu sinceramente ficaria feliz com isso. Significaria que o que assisti de longe foi de fato a minha "morte".
Mas meus ossos não estão ruins, nem minha carne está podre...
Meu corpo não está mal.
Minha alma está completamente revigorada.
Eu estou completamente descansado e, pela primeira vez em tempos me sinto bem.
O mundo que eu conhecia já se foi... Eu estou livre do seu peso.
Se o sujeito ainda vagar por aí, já passou da hora de mudar essa realidade... E é algo que eu adoraria fazer por mim mesmo dessa vez.
Não por vingança. Afinal, ele ganhou porque quis, assim como eu perdi porque quis.
Não por revanche. Afinal, posso dizer que ainda faltam umas trinta para empatarmos.
Quero que seu fim seja em minhas mãos por consideração a quem ele é... Ou a quem eu lembro que ele um dia já foi.




- Ato 3: Última peça -


Minhas mãos se apoiam sobre os braços do trono e dão o apoio necessário para que me levante como um ser humano comum. Torço o pescoço para a esquerda e ouço os sete estalos. Torço para a direita e ouço os outros seis.
Para cada lado que movo minha mandíbula mais um estalo alto que ecoa por todo o castelo.
Me olho no espelho embaçado... Minhas roupas. Meu casaco de couro marrom ainda está inteiro, quem diria. Minhas calças estão em bom estado, minha camisa parece estar OK. Meus coturnos mal amarrados ainda encaixam perfeitamente em meus pés, e seu material parece estar bom.
Me aproximo do espelho e com a destra limpo a fina camada de gelo por sobre ele. Estou mais jovem? Quando isso aconteceu comigo? Nunca, eu acho. Meu aspecto está saudável sem que eu precise mudá-lo artificialmente pela primeira vez em minha longa vida.
Passo a sinistra por sobre os cabelos escorridos antes à frente do rosto e os deixo para trás. Inútil. O cabelo é liso, é escorrido. Ele vai cair, ele vai voltar... Em menos de um segundo.
Nunca me importei com isso.
Noto mais uma vez meu braço esquerdo. O selo sumiu mesmo? Abigail... Agora entendo o porquê de minha situalçao atual: ela terminou de cumprir seu trabalho... Ela aceitou minhas memórias e sentimentos rejeitados, e ao fazê-lo, pôde se unir a mim outra vez para que eu também pudesse aceitar.




- Ato 4: O pior amigo -


Hora de cumprir com meu ritual de despertar e, literalmente, dar o primeiro passo para fora do castelo.
O corpo está leve.
A mente está em ordem.
A nostalgia acabou.
Meu pé esquerdo pisa na neve ao lado de fora.
Meu castelo em ruínas, no meio da Antártida, continua o mesmo.
A aparência de um deserto nunca muda.

- DIMITRI! -

Faço questão que meu grito seja ouvido por todo o planeta sob a forma de um trovão arremessado.

E N D


Spoiler:

Soundtrack: Jiren's theme (Dragon Ball Super)

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Mensagem por Seven Qua 4 Abr 2018 - 21:29

Poesia é para muito a arte mais importante, expressando em sua singela, porém complexidade, as angustias da humanidade. Em meio a esta pequena fração que demonstra, o quão os indivíduos precisam dessa e de outras formas para demonstrar a incapacidade de compreender o que são. Somos parte da própria história, vitimas de um escritor nefasto que define o enredo do próprio fim. O mundo superou a decadência, superou a ignorância, tornando-se subversivo, tolos, apenas tolice, sem o mal necessário, não existe ordem, sem ordem, não é possível que existe seu contra-ponto, o caos infundido na desesperança. Por que chama meu nome ? Quem lhe trouxe dos mortos ? Sua sentença foi o esquecimento, não há motivos para retornar.

- Ouça seu nome, seu único nome. Termine o café. [Sophia]

Meu desejo era permanecer na inercia, o tempo de lutar havia acabado. Havia reconstruído a fortaleza da Tundra, ajudado a reconciliar o que havia de outros pequenos reinos e vilarejos. Estabelecemos a paz por muito tempo das grandes guerras demoníacas e posteriormente, as campanhas contra os deuses que pretendiam dominar tudo. Entreguei a liderança do Reino nas mãos de Helena, uma mulher de grande valor que havia me superado em tudo e assim, restaurado a ordem dos sete paladinos. Lutar estava em nosso sangue, mas meu ideal se foi, quando me tornei parte Espectro. Você pode ir para outros planos, dimensões ou simplesmente cavar um buraco até a crosta terrestre, sempre vou saber aonde estará sua existência.

- O café esfriou, porque me arrasta para fora de casa assim ? Estamos caminhando quilômetros adentro, só tem neve nisso.

Sophia é a personificação do Espectro, se tornou mais humana do que a representação daquilo que é da sua natureza. Depois de muita insistência da parte dela, adotamos sete crianças carentes das vilas que foram praticamente destruídas por completo, criamos uma escola de preparação para arte da espada e disciplina para quem aspira se tornar Paladino e entrar para Ordem da Tundra. Só porque ouve-se um cara gritar meu nome, é necessário sair planície a dentro para encontra-lo. O resultado disso nós já sabemos, vamos acabar destruindo tudo que construímos com muito custo. Estava um pouco nublado e os tímidos raios de sol que banhavam o local, não eram suficiente para esquentar meus ossos. A silhueta do homem aos poucos definida, acelerava os passos, retirando o sobretudo felpudo, deixando no solo pesado de neve, junto com a xícara de café vazia. O tempo estava para atacar e não esperar. Sophia ficava para atrás, ela gritava: "ESPERE IDIOTA, ESPERE, SEM MIM VOCÊ VAI MORRER". Ela não entendia, nossa rivalidade existe a mais tempo que ela.

- OMEGA BLASTER

O ritmo acelerava, começava a correr na direção de Evil. A mão esquerda e direita, as palmas se abriam canalizando energia esmeraldina que eram lançadas ao fronte de seu adversário. As esferas eram do tamanho de uma bolinha de tênis em uma velocidade de 30 metros por segundo, quanto mais se aproximava do alvo, menor ficava e maior aumentava sua velocidade, posteriormente densidade de impacto. Na medida em que corria, o solo branco se tornava negro, estava liberando energia por todo percurso, começando a usar a neve como recurso, ampliando a influencia sobre partículas de oxigênio, sendo estas visíveis a olho nu. Sendo solidificadas, formando pontos infinitos negros que estacionavam, suspensos ao ar. Tinha total ciência de que ele iria desviar das primeiras esferas. Mas nos próximos movimentos, conseguiria conter um oceano infinito de energia ?.

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Mensagem por Evil Qui 5 Abr 2018 - 4:12

ADEUS
- Ato 5: Cumprimentos -


Ele sabe quanto tempo demorou para chegar. Ele sabe quanto tempo estive aqui parado após chamá-lo uma única vez.
E ele sabe que eu não coloquei empecilho algum para que chegasse até aqui.
Ele sabe que vou desviar... Ou não. Ficarei por aqui e receberei o impacto... Ou melhor. Ficarei aqui e NÃO receberei o impacto.
Usaria meu truque favorito desde sempre: energia escura. Envolveria meu corpo inteiro com ela, controlando-a para que ao lado de dentro (meu corpo) não exista pressão alguma, enquanto que toda a força de repulsão ficaria para fora.
Concentrada o suficiente, pode repelir qualquer coisa, criando um espaço vazio entre o ambiente externo e sua respectiva porção.
Atualmente, entre o ambiente geral e a camada de energia escura sobre minha pele, três centímetros de espaço forçadamente vazio: resultado da repulsão gerada por minha "armadura".
O lado ruim disso? "assim eu não posso enxergar nada"... Errado. Na exata área referente aos olhos, a camada de energia age de forma extremamente mais fraca, para que apenas a luz possa passar.
E, ainda assim, isso era por opção. Apenas para poder ter contato visual. Porém, assim que necessário, fortificaria na área para que se assemelhe ao resto do corpo.
Arriscaria dizer que ele não pode me ver na distância em que está agora, mas a neve é macia o suficiente para revelar onde estão meus pés.. Ou o espaço vazio no formato deles.
As esferas de energia chegariam ao ponto limite entre o ambiente e o vazio formado pela repulsão, explodindo como se batessem em uma muralha de concreto... Mas tudo o que aconteceu foi a velocidade delas sendo interrompida rápido o bastante por uma força contrária para que fosse entendida pelo objeto inteiro como um impacto.
Reparo aquele "mar" negro de matéria atrás do sujeito... Sério que ele vai preparar algo assim logo para o começo?

- Bom dia pra você também.

Sim, eu posso falar. E sim, a camada de energia não impedia que isso acontecesse. Com sua configuração atual ela impede a entrada de qualquer coisa, mas não impede saída.
Sei que pode me escutar alto e claro.

Bem... Ele quis atacar à distância, não? Espero que não se esqueça que eu também sei fazer isso. Com meus olhos calculo a distância aproximada de sessenta metros ainda entre ele e eu. Distância perfeita para um ataque inicial, eu acho.
A canhota se levanta, se pondo esticada à frente do corpo. Seis esferas compostas de energia escura escura se vão a seus match 20: duas para vinte metros aos seus lados, uma cinquenta metros à sua frente, duas cinquenta metros atrás de si e uma cinquenta metros acima no céu. Uma das duas de trás adentra o solo, cinquenta metros abaixo.
Energia escura, cuja pressão se faz toda para fora, "empurra" tudo o que estiver próximo de fazer contato consigo e cria em torno de si um espaço vazio. O mesmo princípio de minha armadura, que ainda se faz presente pelo simples motivo de não ter um motivo para desfazê-la.
É questão de um piscar de olhos para que as seis esferas que no momento servem de base para a futura construção a formem definitivamente: uma única grande esfera fechada em torno do sujeito. O raio de alcance de sua pressão ao lado de fora seria limitado também a três centímetros, embora a pressão em si se assemelhasse à minha proteção atual.
A princípio, agiriam como prisão para conter seus movimentos, exercendo essa mesma pressão com o mesmo limite de alcance para a parte interna.
Ele simplesmente não conseguiria sair de lá, assim como, por nem mesmo luz conseguir entrar, não conseguiria agora, de fato, enxergar mais do que a área delimitada pela esfera na qual estaria dentro. E caso não resolvesse produzir luz por lá, nem mesmo a área interna conseguiria enxergar.

- Como vão as coisas, irmão?

As coisas não ficariam limitadas a uma "prisão". Qual é? Conter o adversário e declarar vitória nunca foi o meu estilo. Preciso aniquilá-lo. E para isso... Bom, eu sempre fui de brincar um pouco antes de ficar sério, mas hoje estou me sentindo um sujeito muito prático.
Ao invés de, como talvez fizesse em outra época, usar essa esfera para "limitar a movimentação" e forçar um combate corpo a corpo onde desfrutaria dos cumprimentos "desejados", hoje vou ser um pouco mais rápido que isso... Vou retirar o limite para o raio de alcance da força de repulsão na parte interna.
Por conta da repulsão para "fora" ter alcance máximo de três centímetros, o cenário não iria se alterar, mas o conteúdo dentro da esfera -isso inclui meu pior amigo- seria esmagado, em frações de segundo, ao ponto de forçar explosões nucleares... Que ainda seriam contidas ao "lado" de dentro da esfera.
Depois de compreender o efeito desse tipo de "ataque" e aprender a utilizá-lo, acho que qualquer um daria um embate por encerrado.
Mas eu não sou qualquer um para considerar isso.
E sei que o sujeito não é qualquer um para simplesmente cair em uma dessas.

- Estou pra fazer café daqui a dez minutos, então nossa luta só vai poder durar os próximos nove. Tudo bem pra você?

Minha proteção inicial se mantém para proteção corporal. A esfera se mantém para conter as consecutivas explosões nucleares que aconteceriam em seu interior e guardar sua pressão para um futuro ataque massivo.
Meus olhos ainda procuram o sujeito por aí.




E N D

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